ESTUDO GEOSSOCIOLINGUÍSTICO SOBRE A REALIZAÇÃO DOS DITONGOS /ai/, /ei/ E /ou/ NO FALAR AMAPAENSE

Romário Duarte Sanches, Antony Guilherme Baia Xisto, Nicole Abreu Figueiredo

Resumo


Este artigo traz uma descrição e análise dos condicionadores extralinguísticos em relação ao uso dos ditongos decrescentes orais /ai/, /ei/ e /ou/ no português falado nos munícipios de Macapá, Santana e Mazagão, situados no Estado do Amapá,. A coleta dos dados consistiu em aplicação in loco de questionário fonético-fonológico contendo 14 perguntas aplicadas a 24 informantes, estratificados socialmente (homens versus mulheres; jovens versus idosos; mais escolarizados versus menos escolarizados). O instrumento de pesquisa foi executado por meio de entrevistas semiestruturadas, utilizando como suporte técnico aplicativos de gravação de voz; e para armazenamento dos dados, utilizamos os recursos do Google Drive. Posteriormente, foram realizadas transcrições fonéticas das entrevistas e análise quantitativa das variáveis extralinguísticas, procurando evidenciar aspectos geográficos e sociais que possam ter condicionado os dados encontrados. Os resultados demonstraram que houve predominância da manutenção dos ditongos /ai/ e /ei/ em Macapá e Santana, já em Mazagão houve maior ocorrência para o apagamento do ditongo /ou/. Na variação diageracional, destaca-se a faixa etária II (acima de 45 anos) que tende a apagar mais a semivogal em /ai/, /ei/ e  /ou/. Quanto à variação diastrática, em /ai/ e /ei/, os ditongos são mantido por informantes de Ensino Superior Completo (ESC),  já o ditongo/ou/ não se mostra condicionado pelo fator escolaridade.


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DOI: https://doi.org/10.4322/2358-0801.2024.26.67.02

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