“UM DESVIO QUALQUER” OU A METAMORFOSE EM FRACASSO: O CASO DA BORBOLETA ATÍRIA

Jonas Miguel Pires Samudio

Resumo


As discussões da teoria queer, em variadas abordagens, têm sido importantes espaços para desconstrução e ampliação de formas de saber e de existir. A literatura, sendo um de tais espaços, se coloca como campo de proposição significativa, mormente na produção infantojuvenil, haja vista o alcance de tais produções na formação e autorreflexão de leitores. O presente trabalho parte das reflexões oriundas da teoria queer, sobretudo de Jack Halberstam (2020; 2023), da Teoria travesti, de Marlene Wayar (2019), bem como de reflexões advindas da psicanálise, com Jacques Lacan (2009), e da teoria literária, com Severo Sarduy (1999) e Lucia Castello Branco (2014). Propomos uma leitura de O caso da borboleta Atíria, de Lucia Machado de Almeida, considerando, no livro, as discussões acerca de noções de parentesco, para além do sanguíneo, e de comunidade, por meio de uma protagonista marcada pelo fracasso como modo de vida (HALBERSTAM, 2020, p.49), uma existência que se dá como “metamorfose em fracasso”, encontrando saídas frente às impossibilidades.


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DOI: https://doi.org/10.4322/2358-0801.2024.26.66.03

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