A literatura diaspórica de Buchi Emecheta: representações interseccionais em Cidadã de Segunda Classe

Bruna Agliardi Verastegui, Maria Angélica Zubaran

Resumo


Este artigo tem por objetivo visibilizar a literatura diaspórica de Buchi Emecheta e analisar suas narrativas no livro Cidadã de Segunda Classe (2018). Portanto, o foco da análise são as representações interseccionais da protagonista Adah, ao relatar suas experiências como mulher nigeriana e pobre na diáspora em Londres. Suas narrativas se mesclam com as vivências da própria autora Emecheta, que migrou da Nigéria para a Inglaterra e, neste sentido, podem ser consideradas relatos autobiográficos permeados por elementos ficcionais. No âmbito teórico, faz-se uma articulação entre os Estudos Culturais e os Estudos Decoloniais, a partir das pesquisas de Hall (2013; 2016), Arfuch (2010), Collins (2021) e Quijano (1993), que contribuem para o entendimento de que as opressões de gênero, raça e classe possuem raízes coloniais que impactam as experiências vividas pelas mulheres negras. Em termos metodológicos, trata-se de uma análise cultural com foco nos conceitos de representação e interseccionalidade. De modo preliminar, observa-se que as opressões interseccionais relatas por Emecheta rompem com o cânone hegemônico –eurocêntrico e masculino produzem outras formas de saberes e representações, que contribuem para o empoderamento das mulheres negras na diáspora na Europa.

Palavras-chave: Buchi Emecheta; Cidadã de Segunda Classe; Estudos Culturais; Estudos Decoloniais; Interseccionalidade.


Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.4322/2358-0801.2023.25.62.01

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Licença Creative Commons
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.