O Plano Nacional de Juventude como diretriz para a gestão da pobreza
Resumo
O artigo problematiza a minuta de atualização de 2018 do Plano Nacional de Juventude (PNJ), que foi apresentado originalmente como o Projeto de Lei n.4530/2004. Apesar da minuta ser de 2018, em que a orientação política do Governo brasileiro já havia mudado, é possível afirmar que ela mantém os fundamentos do PNJ original. A análise, desenvolvida com base nos estudos de Michel Foucault e seus desdobramentos, mostra que o PNJ se constitui como tecnologia de condução das condutas da juventude articulando governamentalidade democrática, por meio do incentivo à participação política e ao reconhecimento de direitos sociais, com governamentalidade neoliberal, ao investir no empreendedorismo e na financeirização. Esta governamentalidade democrática neoliberal funciona como uma estratégia de gestão da pobreza, governando as juventudes em situação de vulnerabilidade.
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.4322/2358-0801.2022.24.60-15
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.