Os rastros do dispositivo de sexualidade no conto Chapeuzinho Vermelho

Ana Carolina Stakonski, Ivone Mendes Silva

Resumo


Este artigo analisa versões do conto Chapeuzinho Vermelho escritas por Perrault e pelos irmãos Grimm, buscando compreender como elas (re)produzem formas de governo dos sujeitos infantis e de sua sexualidade. A partir de um referencial foucaultiano, são construídas reflexões sobre os discursos hegemônicos de determinada época e suas vinculações a um projeto pedagógico que demonstra a necessidade moderna de governamento dos corpos e das condutas dos sujeitos. O trabalho também recorre à premissa de Robert Darnton de que os contos populares podem ser analisados como documentos históricos. Conclui-se que o conto analisado incita disciplina e obediência, (re)produzindo uma ideia de infância moderna articulada ao dispositivo de sexualidade.


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DOI: https://doi.org/10.29327/227811.24.57-10

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