A poética do envelhecer em Adélia Prado

Delcio Antônio Agliardi, Verônica Bohm

Resumo


Este artigo procura articular a poesia de Adélia Prado no cenário da literatura brasileira contemporânea ao envelhecimento humano, provocando o leitor a refletir sobre a longevidade e a linguagem poética do cotidiano. A maneira como a poeta constrói seus poemas permite uma articulação da sua produção à velhice, a partir do sujeito lírico, com o momento histórico e cultural da sociedade brasileira. Nesse sentido, duas categorias de análise são construídas a partir da voz feminina dessa autora. Buscamos compreender a ligação que a poeta estabelece entre a juventude e a velhice, o material e o espiritual, o profano e o religioso, o imanente e o transcendente. Para esse objetivo utilizamos o referencial teórico-metodológico análise do conteúdo (MORAES, 1999) e a obra Poesia reunida (1991) no sentido de estabelecer as relações e a construção do objeto da análise. Fazemos um mergulho nas palavras da autora e apresentamos alguns resultados que brotam sobre a temática envelhecimento, como algo representativo na literatura brasileira contemporânea. Através da análise realizada, ficou evidente o quanto sua obra está atravessada pelas questões do viver, as quais estão intimamente relacionadas ao envelhecer na sociedade atual,  tendo a potência de provocar reflexões sobre este processo aos que acessam seus escritos.


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