Prevalência de má oclusão em crianças de quatro anos de idade e fatores associados na Atenção Primária à Saúde
Abstract
Objetivo: avaliar a prevalência de má oclusão de crianças nascidas em 2010 e sua associação com a realização de consultas odontológicas em um serviço de Atenção Primária à Saúde. Métodos: estudo analítico transversal realizado em duas Unidades do Saúde do Serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Porto Alegre-RS. O exame de má oclusão das crianças com 4 anos completos foi realizado por dois dentistas treinados e calibrados, seguido de aplicação de questionário com o responsável sobre hábitos da criança. Os dados de consultas odontológicas foram coletados no Sistema de Informações do GHC. As análises foram feitas no programa SPSS através do teste Qui-quadrado e da Regressão de Poisson, com significância estatística de p<0,05. Resultados: uma amostra consecutiva de 81 crianças com idade média de 58,8 (DP=4,8) meses foi avaliada, sendo 58% do sexo masculino. 28% das crianças apresentavam mordida aberta anterior, 10% de mordida cruzada posterior e selamento labial não adequado. Uso de chupeta ainda era presente em 22% das crianças. Não houve associação entre má oclusão e número de consultas odontológicas (p=0,837), assim como realização de uma consulta anual até 4 anos de idade (p=0,684). Na análise multivariada houve associação significativa de má oclusão com uso de chupeta (RP=0,15, IC95%=0,07–0,35) bem como o seu tempo de uso (RP=1,05, IC95%=1.03-1.08). Conclusão: má oclusão na primeira infância está fortemente associada ao uso de chupeta e o acompanhamento precoce pela equipe de saúde bucal pareceu não interferir na cessação do hábito e regressão da oclusopatia aos 4 anos.
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