Avaliação da atividade mutagênica da miricitrina

Dariana Rambor, Ana Paula de Souza, Mauricio Lehmann, Ivana Grivicich, Rafael Rodrigues Dihl

Resumo


Os estudos toxicológicos de compostos naturais têm sido ferramentas importantes para a identificação de compostos químicos com potencial terapêutico, contribuindo para o desenvolvimento de fármacos. A miricitrina (MIR), flavonol presente em folhas e frutos de plantas da família Myrtaceae, possui ação anti-inflamatória, antidiabética e antioxidante em humanos. Em razão da escassez de estudos sobre a toxicidade genética da MIR, este estudo teve como objetivo avaliar o potencial mutagênico da MIR in vitro em uma linhagem celular de mamíferos. Para isso, o Teste de Micronúcleos com Bloqueio da Citocinese – CBMN foi escolhido para detecção de instabilidade cromossômica, expressa na forma de micronúcleos (MN), pontes nucleoplasmáticas (PN) ou brotos nucleares (BN). A MIR foi testada nas concentrações de 10 µM, 21,25 µM e 42,5 µM por 4 e 24 horas em células de ovário de hâmster chinês (CHO-K1). Os resultados obtidos revelaram a ausência de genotoxicidade da MIR nas células CHO-K1 quando comparadas ao controle negativo (CN) no período de 4h. Já no período de 24h, a maior concentração da MIR (42,5 µM) induziu aumentos na frequência de MN e PN, quando comparado ao CN. Os dados apontam para a ação pró-oxidante da MIR na maior concentração e no tempo de tratamento prolongado.

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