ESTUDO DO POTENCIAL ANTIMUTAGÊNICO DA RUTINA E DO ÁCIDO ROSMARÍNICO ATRAVÉS DO TESTE SMART EM Drosophila melanogaster – RESULTADOS PARCIAIS
Resumo
Os compostos fenólicos possuem amplas ações biológicas envolvendo não apenas o papel nutricional, mas também ações terapêuticas. Entres estes encontram-se a rutina (RT) e o ácido rosmarínico (AR). O objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimutagênica da RT e do AR sobre os danos genéticos induzidos pelo etil-metanossulfonato (EMS). Para tanto foi utilizado o teste para detecção de mutação e recombinação somática (SMART) em Drosophila melanogaster nos protocolos de cotratamento e pós-tratamento, nas concentrações de 25; 50 e 100 mg/ml para ambos os compostos, enquanto o EMS foi administrado em duas concentrações, 5 mM no cotratamento e 46 mM no pós-tratamento. Os resultados mostram que a RT, no protocolo de cotratamento, reduziu a frequência de danos genéticos induzidos pelo EMS. Por outro lado, neste mesmo protocolo, o AR não apresentou efeito modulador. No protocolo de pós-tratamento ambos os compostos não foram capazes de alterar significativamente a frequência de danos induzidos pelo EMS. O efeito protetor observado para RT no protocolo de cotratamento indica que este flavonoide apresenta ação protetora mais ampla, do que apenas a atividade antioxidante, já descrita na literatura, visto que o EMS não é capaz de induzir danos oxidativos no DNA. Desta forma, a RT parece competir com sítios nucleofílicos celulares (proteínas, RNA e DNA) protegendo-os do ataque pelo agente alquilante. Além disso, a ausência de modulação no protocolo de pós-tratamento indica que este composto não interfere nos mecanismos de reparação do DNA.