A UTILIZAÇÃO DO DISSILICATO DE LÍTIO EM ODONTOLOGIA

Roberta Lessa, Vanessa Borssato, Gustavo Frainer Barbosa

Resumo


Introdução: Nas reabilitações orais a utilização de coroas metalo-cerâmicas tem sido padrão, devido principalmente a sua previsibilidade.1 Porém, com o objetivo de melhorar os resultados existentes no que tange as propriedades físicas, estéticas e, principalmente, de biocompatibilidade, diversos sistemas de cerâmica têm sido desenvolvidos. Objetivo: Descrever o sistema cerâmico de Dissilicato de Lítio. Metodologia: O Dissilicato de Lítio possui diversas aplicações. Possui uma resistência flexural de 400 Mpa, sendo considerado o maior valor entre as cerâmicas ácido sensíveis, possibilitando uma combinação entre a adesividade ao substrato cerâmico e a resistência flexural. Além disso, ressalta-se a dificuldade de propagação de trincas no interior das cerâmicas reforçadas com Dissilicato de Lítio, pois apresentam uma matriz vítrea na qual os cristais ficam dispersos de forma interlaçada. As coroas totalmente de Dissilicato de Lítio apresentam, independente do tipo de cimentação, bons resultados. Em contrapartida, as inlays confeccionadas com o mesmo material e instaladas na região posterior apresentaram uma elevada taxa de insucesso clínico. Estudos também demonstram que o Dissilicato de Lítio é um material biocompatível, com nível elevado de estética graças aos vários níveis de translucidez, além de adaptação marginal clinicamente aceitável. Este material pode ser produzido através da técnica de injeção ou de CAD-CAM.1 Conclusão: O Dissilicato de Lítio apresenta valores de resistência e adaptação aceitáveis, além de ser considerado um material biocompatível. Também apresenta um nível elevado de estética e independe da técnica de cimentação utilizada para o seu sucesso.

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