CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DE QUEDAS EM IDOSOS

jessica souza souza silva, kamilla soares resende, elisandro rosa pereira

Resumo


A queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais comprometendo a instabilidade, sendo um protótipo das síndromes geriátricas. Perder o equilíbrio e cair durante a postura bípede ou locomoção se torna cada vez mais uma ameaça à saúde dos idosos, especialmente aqueles com idade avançada. A incapacidade de corrigir uma perda de estabilidade repentina é resultado da diminuição do tempo de reação, da diminuição da integração do sistema nervoso central, da diminuição da força e perda de mobilidade articular. As principais causas de quedas em idosos decorrem de diversas patologias sendo elas, o Acidente Vascular Cerebral, Parkinsonismo, Neuropatias Periféricas, Problemas Ortopédicos, Hidrocefalia com Compressão Normal, Envolvimento da Medula, Disfunção Vestibular Periférica, Desordens do Movimento, Desordens Endócrinas, Medicamentos, Desordem Idiopática Senil da Marcha. A hospitalização por fratura de quadril é extremamente cara, e aumenta cada vez mais, cerca de 50% das pessoas que caem e fraturam os quadris nunca mais serão caminhantes funcionais. As mulheres caem com mais freqüência que os homens, porem os homens que caem apresentam um maior índice de mortalidade. A mortalidade de idosos com mais de 60 anos por quedas aumentou quatro vezes nesta década, o índice passou de 7,6 óbitos por 100 mil em 2000 para 28,4 por 100 mil em 2008, último dado disponível. Em números absolutos, houve 1.240 mortes de idosos, vítimas fatais de quedas em 2008, quase cinco vezes mais que em 2000. Os casos são crescentes ano a ano. O envelhecimento da população é apontado como uma das causas prováveis do resultado. Com o aumento da expectativa de vida da população, muitos dos que já estavam na faixa da terceira idade no início da década ficaram ainda mais velhos. Para os especialistas na área, é possível dividir em três grandes grupos as principais causas de quedas. A principal delas é a condição física e motora do idoso, que pode ser prejudicada por influência de um remédio, tonturas, problemas oftalmológicos, auditivos ou fraqueza muscular. Das causas externas, as mais comuns são os obstáculos, que podem estar em casas - como móveis tapetes e falta de iluminação - ou fora dela, como raízes de árvores, degraus ou calçadas esburacadas. Este  estudo é verificar as causas mais comuns de quedas em idosos e suas conseqüências. O presente trabalho foi realizado com base na literatura encontrada na biblioteca CEULJI/ULBRA e artigos científicos. Os dados obtidos mostraram uma realidade que não difere substancialmente daquela encontrada em outros países. A maioria das quedas ocorreu entre idosos do sexo feminino (66%), com idade média de 76 anos, no próprio lar do idoso (66%). As causas foram principalmente relacionadas ao ambiente físico (54%), acarretando sérias conseqüências aos idosos, sendo as fraturas as mais freqüentes (64%). A queda teve grande impacto na vida do idoso no que se refere às atividades da vida diária. Provocou maior dependência para a realização de atividades como: deitar/levantar-se, caminhar em superfície plana, cortar unhas dos pés, tomar banho, caminhar fora de casa, cuidar das finanças, fazer compras, usar transporte coletivo e subir escadas. Segundo Fabrício et al (2004) os dados encontrados referentes à ocorrência de queda ser maior em mulheres do que homens não foram diferentes dos apresentados por outros autores, o que  podem ser responsáveis por esta diferença entre homens e mulheres é: idade avançada, freqüência diminuída de atividades externas, utilização de acentuada quantidade de drogas, uso de psicotrópicos, diminuição de força de preensão. Esses autores citam as causas do aumento dessas quedas, que podem ser variadas ou estar associadas umas com as outras. Os fatores responsáveis por elas têm sido classificados na literatura como intrínsecos, ou seja, decorrentes de alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, a doenças e efeitos causados por uso de fármacos, e como extrínsecos, fatores que dependem de circunstâncias sociais e ambientais que criam desafios ao idoso. Geralmente, problemas com ambiente são causados por eventos ocasionais que trazem risco aos idosos, principalmente àquele que já apresenta alguma deficiência de equilíbrio e marcha. Devem ser consideradas situações que propiciem escorregar, tropeçar, pisar em falso, trombar (em objetos ou pessoas e animais). Os problemas com o ambiente serão mais perigosos quanto maior for o grau de vulnerabilidade do idoso e a instabilidade que este problema poderá causar. Geralmente, idosos não caem por realizar atividades perigosas (subir em escadas ou cadeiras) e sim em atividades rotineiras.  Portanto este estudo tem a finalidade demonstrar que a queda ocorrida entre os idosos traz sérias conseqüências físicas, psicológicas e sociais, reforçando a necessidade de prevenção garantindo ao idoso melhor qualidade de vida, autonomia e independência.


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