A NÃO – ADESÃO DOS PORTADORES DE HANSENÍASE AO TRATAMENTO NO MUNICÍPIO DE JARU (RO).
Resumo
A hanseníase é uma doença milenar, conhecida desde os tempos bíblicos, que traz consigo o estigma do isolamento social e familiar, até os dias atuais. Este trabalho buscou conhecer os fatores diretos relacionados a não-adesão dos portadores de hanseníase ao tratamento contínuo. Trata-se de uma pesquisa de campo, do tipo estudo de caso, de abordagem quali-quantitativa. A coleta dos dados foi realizada no mês de setembro de 2010, através de entrevistas, realizadas no domicilio dos pacientes cadastrados como faltosos. A amostra total correspondeu a 08 sujeitos e a amostra final foi composta por quatro usuários, as respostas obtidas receberam categorização temática, segundo a Análise de Conteúdo. Os resultados evidenciaram que os portadores de hanseníase desconhecem a classificação de sua doença, o tempo preciso de seu diagnóstico, e, também, negam o diagnóstico da doença devido ao estigma social que esta doença traz e, ainda, que o tratamento causa desconfortos gastrointestinais importantes aos usuários. A análise do discurso dos pacientes permitiu observar as principais causas da não-aderência ao tratamento e, que estas estão relacionadas, principalmente, às reações adversas da poliquimioterapia; além dos conflitos com os profissionais do serviço de saúde e, ainda, a falta de motivação por parte dos familiares. Os dados permitem concluir que as reações adversas aos medicamentos impactam de forma desfavorável, em um universo único onde tantos fatores sociais, já influenciam a adesão.
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