ADESÃO DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM DE JI-PARANÁ AO EXAME DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA
Resumo
O câncer de colo do útero é a segunda causa de morte entre as mulheres no mundo. Como possui uma evolução lenta, o principal meio de detecção e prevenção desse câncer e de seus precursores é o exame colpocitológico. Apesar de ser um exame de fácil acesso à população, ainda são baixos os índices de realização do mesmo. O presente estudo teve por objetivo identificar dados sobre a realização da colpocitologia oncótica (CO) pelas acadêmicas do 7º e 8º períodos do curso de enfermagem do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. Trata–se de uma pesquisa do tipo quanti-qualitativa. Os dados foram coletados com 40 acadêmicas, durante o mês de setembro de 2010, através de um formulário com questões abertas e fechadas. Verificou-se que as acadêmicas tinham entre 20 e 43 anos de idade, sendo a maioria (65%) entre 20 e 25 anos de idade. Quanto ao estado civil, 57,5% eram solteiras, 40% casadas e 2,5% declararam união estável. Em relação ao início da vida sexual, 75% das entrevistadas referiram que ocorreu entre os 15 e 19 anos e 87% relataram vida sexual ativa. Dentre as que tinham vida sexual ativa, o principal método contraceptivo utilizado foi o anticoncepcional oral (51%), seguido por preservativo (11%), anticoncepcional injetável (9%) e anticoncepcional oral aliado a preservativo (3%). Destaca-se 26% não faziam uso de nenhum método. Em relação à adesão à CO, 80% referiram já tê-la realizado, sendo que as que declararam freqüência anual correspondem a 69%. Quanto ao local de realização da CO, 81% informaram unidades de saúde privadas. Para não realização da CO, foram referidos motivos como ausência de vida sexual ativa, vergonha e não sentir necessidade. Quanto à finalidade da CO, percebeu-se confusão com relação aos conceitos de diagnóstico precoce e prevenção. Sobre o momento ideal para realizar o primeiro exame, a maioria (67,5%) referiu ser após a primeira relação sexual e 30% referiram que deveria ser feito apenas por mulheres com vida sexual ativa. Em relação à periodicidade da CO, observou-se que 45% referiram que deveria ocorrer anualmente, sem considerar resultados anteriores. Observa-se alta adesão das acadêmicas à CO e discordância entre o referido por elas e o preconizado pelo Ministério da Saúde no que diz respeito à periodicidade do exame. Salienta-se que tal discordância deve-se à vivência em campo de estágio, onde os profissionais orientam periodicidade anual, independentemente de resultados anteriores, justificada por condições climáticas regionais.
Palavras-Chave: Colpocitologia oncótica. Câncer de colo uterino. Acadêmicas de enfermagem.
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