REFLEXÕES ANTROPOLÓGICAS SOBRE AS REPRESENTAÇÕES DA “POLÍCIA” PELA SOCIEDADE BRASILEIRA.

Everson Rodrigues de Castro

Resumo


A proposta deste presente estudo é refletir sobre as principais representações coletivas construídas pela sociedade brasileira acerca da noção de “polícia” e quais os possíveis reflexos desse processo nas práticas adotadas por estes profissionais de segurança pública frente às situações cotidianas do trabalho policial. Acreditamos ser possível, a partir desse contraste entre “representações” e “práticas”, perceber a dinâmica dos processos de apropriação discursiva acerca da noção de “polícia” que a sociedade tem construído historicamente, deixando claro que a compreensão desse processo de apropriação não se deu – e não se dá – de forma pacífica, vez que essa discussão está entremeada por interesses dos múltiplos atores sociais envolvidos com a questão, o que perpassa desde o campo do planejamento e a execução das macropolíticas de Estado na área de segurança pública até a percepção do próprio cidadão acerca da ação policial. Por isso, indaga-se: é mesmo necessária a existência da polícia? É possível imaginar uma sociedade sem polícia? E no Brasil, o modelo de polícia existente tem sido eficiente no cumprimento de sua tarefa primordial? Enfim, são questões complexas, mas que pensadas à luz da análise crítica interdisciplinar da História e da Antropologia, certamente podem contribuir para uma compreensão mais acurada desse quadro, além de, sobretudo, impulsionar o aperfeiçoamento das relações Estado/Sociedade/Polícia, sendo este, então, o fio condutor da presente discussão.


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