Enfermagem Perioperatória e Cirurgia Segura

marzelí pauletti, Jessica Mayara Wolfart

Resumo


A segurança do paciente é temática de destaque na área da saúde, constituindo prioridade nas políticas públicas de saúde de vários países, inclusive no Brasil, por meio do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). O livro “Enfermagem Perioperatória e Cirurgia Segura” está dividido em dezesseis capítulos com temas que retratam a segurança em cirurgia com foco na assistência de enfermagem, com intuito de proporcionar fundamentos e ações para as medidas de prevenção de eventos adversos evitáveis.

No capítulo um as autoras Maria Helena Barbosa, Érica Vieira de Andrade, Raíssa Bianca Luiz e Tassiana Márcia Moreira, descrevem as fases do período perioperatório e fases e importância da SAEP para proporcionar segurança ao paciente cirúrgico, já que o centro cirúrgico (CC) é um setor crítico e complexo dentro da unidade hospitalar e o bom funcionamento deste, é fundamental para alcançar uma assistência de qualidade. Este capítulo ainda traz os pontos chaves para a organização do espaço cirúrgico e ressaltando a importância da cultura de segurança neste espaço de atuação.

O capítulo dois de autoria de Elena Bohomol e Eliana Ferreira de Melo traz as principais legislações que norteiam a estruturação dos recursos físicos e humanos de um centro cirúrgico, evidenciando os principais aspectos que impactam o planejamento eficaz deste ambiente, além de apresentar as principais atribuições de cada profissional e a necessidade da utilização de protocolos clínicos para a realização dos serviços neste espaço, como o uso adequado de antibioticoterapia, para prevenção de úlceras por pressão no ato operatório, queda de maca e mesa, entre outros, objetivando a redução de erros evitáveis.

O capítulo três de autoria de Maria de Jesus Castro Sousa Harada e Mavilde de Luz Gonçalves Pedreira traz as intervenções organizacionais e operacionais para que a cirurgia ocorra de forma segura, com a execução de procedimentos corretos, nos locais corretos, nos pacientes corretos e no tempo correto. É importante que haja neste espaço cirúrgico protocolos e listas de checagem no planejamento da assistência e recuperação anestésica, para que caso ocorra eventos adversos, a intervenção seja rápida e eficiente.

O quarto capítulo de autoria de Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti, refere-se ao preparo do ambiente, dos materiais e dos equipamentos para a promoção de práticas seguras em cirurgia. Este capítulo deixa claro que o gerenciamento eficaz de tecnologias e produtos de assistência, reduz significativamente o número de erros, descrevendo preparar uma sala operatória, realizar o controle de infecção, o que fazer em caso de pacientes com alergia ao látex .

De autoria de Ruth Ester Assayag Batista e Denise Miyuki Kusahara, o capítulo cinco deste livro aborda medidas gerais preventivas de Infecção do Sítio Cirúrgico, além de métodos para busca ativa e classificação de infecções recorrentes, profilaxia antimicrobiana e classificação das feridas cirúrgicas conforme o grau de contaminação, que tem por finalidade evitar ou prevenir o desenvolvimento da ISC.

No sexto capítulo de autoria Kazuko Uchikawa Graziano, retrata-se os aspectos essenciais que devem ser considerados para que ocorra a segurança na utilização de instrumentos cirúrgicos esterilizados, dentre estes inclui-se a classificação correta de materiais críticos, semicríticos e não críticos e a desinfecção e esterilização adequada desses materiais.

O capítulo sete de autoria de Verônica Cecilia Calbo de Medeiros traz aspectos gerais sobre anestesia e recuperação, apresentando os mais frequentes eventos adversos recorrentes no período de RPA juntamente com os cuidados que a enfermagem deve oferecer caso algum ocorra. Um ponto importante nesse capítulo é que ele pode servir como embasamento teórico no planejamento de ações para prevenir complicações decorrentes.

O oitavo capítulo de autoria de Eliane Ferreira de Lasaponari e Giovana Abrahão de Araújo Moriya, aborda métodos que devem ser utilizados para a prevenção de lesões perioperatórias, entre estes, saber identificar fatores de risco para lesão de pele e utilizar a SAEP como meio de por em práticas intervenções viáveis e resolutivas.

O capítulo nove de autoria de Cristina Maria Galvão e Vanessa de Brito Poveda traz a ideia de hipotermia no período perioperatório, método de prevenção, implicações e intervenções efetivas para o cuidado do paciente cirúrgico, como identificar e analisar os fatores de risco para planejar ações efetivas no cuidado e ainda discorre os meios para aquecer e/ou manter a temperatura do paciente.

Os pacientes das faixas etária neonatal e pediátrica apresentam fatores de risco diferentes dos demais, o que requer o conhecimento das especificidades no cuidado em situação cirúrgica. Sendo assim, o décimo capítulo de autoria de Carolina Jacomini do Carmo, Maria Paula de Oliveira Pires e Ariane Ferreira Machado Avelar aborda estas especificidades, os fatores de risco e estratégias para a promoção do cuidado seguro para essa faixa etária.

O capítulo onze de autoria de Rita Catalina Aquino Caregnato e Isabel Cristina Daudt, fala sobre o processo evolutivo cultural na área da saúde sobre segurança e boa práticas na assistência de enfermagem no período perioperatório, e em todo o capítulo demonstra como reconhecer e implementar práticas seguras para o cuidado de enfermagem do paciente adulto, minimizando os riscos de IRAS.

De autoria de Isabel Yovana Quispe Mendonza e Eliane da Silva Grazziano, o capítulo doze é específico para retratar a ideia de promoção de práticas seguras no cuidado perioperatório do idoso, população esta que segundo estatísticas em 2050 serão 30% da população total brasileira. Descreve também os principais eventos adversos que acontecem em centro cirúrgico, os fatores que devem ser considerados antes durante e após a cirurgia.

O capítulo treze de autoria de Eliane da Silva Grazziano traz aspectos gerais sobre saúde ocupacional em centro cirúrgico, saúde do profissional trabalhador que reflete na segurança do paciente, abordando as doenças relacionadas ao trabalho e os fatores de risco no ambiente cirúrgico e ainda apresenta sugestões para solucionar os problemas encontrados. Já o capítulo quatorze de autoria de Cristiane Rapparini discorre sobre risco ocupacional biológico em CC, como adotar medidas de conduta e prevenção em situações de risco de exposição a materiais biológicos e em caso de acidentes com perfuro cortantes e identificar as normas e leis que regem o trabalho seguro.

O capítulo quinze de autoria de Julia Yaeko Kawagoe aborda a ideia de lavagem adequada das mãos como método mais eficaz para prevenção de incidência de ISC relacionadas a assistência de saúde, trazendo recomendações para a higienização e antissepsia cirúrgica das mãos pelos profissionais.

O autor Dirceu Carrara do capítulo dezesseis traz aspectos gerais para higiene adequada e segura do ambiente cirúrgico antes e após procedimentos invasivos para o controle de IRAS, descrevendo os tipos de limpeza e técnicas para desinfecção e descontaminação.


Referências


Grazziano, E.S., Viana, D.L., Harada, M.J.C.S., & Luz, M., (2016). Enfermagem Perioperatória e Cirurgia Segura. Editora: YENDIS. 1 edição. São Paulo. 344p


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ISSN: 1981-1330