O juízo moral das crianças sobre a ingratidão

Lia Beatriz de Lucca Freitas, Aline Zimmermann Mileski, Jonathan Richard Henry Tudge

Resumo


Apresentam-se resultados de um estudo que examinou o juízo moral das crianças sobre a ingratidão. Participaram 77 crianças (49% do sexo feminino), distribuídas em três grupos (5–6, 8–9 e 11–12 anos). Utilizaram-se duas histórias protagonizadas por um(a) benfeitor(a) e um(a) ingrato(a). Após cada história, realizou-se uma entrevista com a criança. A maioria dos participantes reprovou a ação do ingrato. Encontraram-se três tipos de justificativa para sua reprovação e duas diferenças significativas entre os grupos etários: (a) as consequências da ação diminuíram com o aumento da idade e (b) a reciprocidade predominou entre as crianças de 8 anos ou mais. A relação de amizade apareceu em todas as idades. Os resultados, discutidos à luz da literatura, sugerem questões de pesquisa. 


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ISSN: 1981-1330