A família no acompanhamento de sujeitos psicóticos: os encargos subjetivos oriundos do sofrimento psíquico
Resumo
O presente artigo teve como objetivo conhecer a história do tratamento em saúde mental a partir do relato de um usuário dos serviços e de um familiar responsável pelo cuidado, investigando as repercussões subjetivas de ser o familiar responsável pelos cuidados de um psicótico. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório. Para coleta de dados, optou-se pela entrevista semiestruturada, realizada com o usuário de um Centro de Atenção Psicossocial e com sua cuidadora. Os dados coletados foram organizados e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a posição da mãe é de cuidadora exclusiva, o que repercute em encargos subjetivos que atingem níveis emocionais, físicos e inter-relacionais, dadas as dificuldades de se conviver com o sofrimento psíquico. Sugere-se que os serviços de saúde mental desenvolvam programas de orientação aos familiares cuidadores, bem como apoio no enfrentamento das situações de crise.
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ISSN: 1981-1330