EFEITO DO ENXAGUE BUCAL COM CARBOIDRATO NO DESEMPENHO FÍSICO: REVISÃO SISTEMÁTICA
Resumo
A fim de examinar a cinética da glicose exógena e endógena durante exercícios de alta intensidade, um grupo de pesquisadores testaram seis atletas durante 1 hora a 75% da potência máxima, a partir da infusão de 20% de glicose. Não foram observadas melhoras no desempenho após a administração de glicose por via intravenosa, sugerindo que, a ingestão de carboidrato (CHO) durante o exercício, pode exercer o seu efeito ergogênico atuando através do sistema nervoso central, possivelmente, mediada por receptores de glicose na boca. Para testar esta hipótese, pesquisadores investigaram o efeito do enxague bucal com CHO no desempenho em uma prova contra relógio com 1 hora de duração. Os autores concluíram que o enxague bucal com CHO melhora o desempenho em provas de alta intensidade e curta duração e, que o mecanismo responsável pode ser uma alteração central ou na motivação mediada por receptores de glicose na boca. Desse modo, a simples presença de glicose ou maltodextrina na boca é capaz de ativar as regiões do cérebro associadas com a recompensa, como a insula/frontal, o operculum, córtex orbito frontal e o estriatum. Nesse sentido, melhoras no desempenho mediado pelo enxague com CHO podem ocorrer, porém, ainda são necessários mais estudos com o intuito de comprovar os efeitos do enxague sobre o desempenho físico.
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